Dúvidas frequentes
O QUE É DISLEXIA?
Dislexia é um distúrbio específico de aprendizagem, que se caracteriza pela dificuldade em automatizar o código linguístico (leitura e escrita) em pessoa que, aparentemente, teria condições de fazê-lo.
DISLEXIA É UMA DOENÇA?
Não! Dislexia não é doença! É uma característica que se manifesta em determinadas pessoas, assim como ser destro ou canhoto, por exemplo.
A PESSOA NASCE DISLÉXICA OU SE TORNA DISLÉXICA POR ALGUM MOTIVO?
Quase a totalidade dos disléxicos nascem disléxicos (dislexia evolutiva). Porém, doenças ou acidentes, podem tornar uma pessoa disléxica em qualquer momento da sua vida (dislexia adquirida).
A DISLEXIA É UM DOM?
A dislexia não é “dom” e nem castigo; não impede o disléxico de aprender, conhecer, criar, liderar, empreender, desenvolver competências, realizar as mais diferentes atividades.
É VERDADE QUE EINSTEN ERA DISLÉXICO?
Os disléxicos sempre existiram, estão em toda parte e em todas as atividades. A lista dos conhecidos e famosos é longa, mas a dos desconhecidos é muito, muito maior. Esta, a seguir, com mais ou menos nomes, aparece em muitos lugares:
Agatha Christie
Albert Einstein
Auguste Rodin
Bill Gates
Britney Spears
Charles Darwin
Cher
Felipe Titto
Fernanda Young
Franklin D. Roosevelt
George S. Patton
George W. Bush
George Washington
Hans Christian Anderson
Jackie Stewart
Joelmir Betting
John Lennon
Keanu Reeves
Leonardo DaVinci
Lewis Carroll
Louis Hamilton
Mark Twain
Napoleão Bonaparte
Nelson Rockefeller
Ozzy Osbourne
Pablo Picasso
Pedro Cardoso
Robin Williams
Spielberg
Steve Jobs
Thomas A. Edison
Tom Cruise
Vincent VanGogh
Walt Disney
Whoopi Goldberg
Winston Churchill
FAZ TEMPO QUE SE DESCOBRIU A DISLEXIA?
Sim. Em 1881, Oswald Berkhan, inglês, identificou esse distúrbio. Em 1887, Rudolf Berlin, alemão, utilizou o termo dislexia (“dificuldade com palavras”). Em 1896, W. P. Morgan, inglês, descreveu um caso de um menino que, aos 14 anos, ainda não havia aprendido a ler, embora fosse inteligente e capaz de fazer e de aprender tudo o que os adolescentes com a sua idade faziam e aprendiam. Portanto, em 2021, fará 150 anos que a dislexia vem sendo estudada.
COMO SABER SE ALGUÉM É DISLÉXICO?
Chega-se ao diagnóstico de dislexia por exclusão. A avaliação envolve o trabalho de uma equipe multidisciplinar formada por psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, neurologista e outro(s) profissional(is), conforme a necessidade.
QUANDO UMA PESSOA É CONSIDERADA DISLÉXICA?
Quando apesar da instrução convencional, da inteligência adequada, da oportunidade sociocultural e da ausência de distúrbios cognitivos e sensoriais, há falhas persistentes no processo de linguagem, incluindo dificuldades com a leitura e a escrita.
A DISLEXIA É IGUAL PARA TODO MUNDO?
Não. Há diferentes tipos e níveis de dislexia, além de que as pessoas são diferentes.
QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DO DISLÉXICO
Algumas características gerais dos disléxicos podem ser:
- Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem;
- Dificuldade para manter a atenção concentrada;
- Dificuldade para organizar-se no tempo e no espaço;
- Dificuldade de prolação (pronúncia e articulação de palavras);
- Dificuldade para aprender rimas, regras de jogos e com jogos de montar;
- Dificuldade para relacionar-se;
- Dificuldade para relacionar fonema-grafema;
- Desinteresse pela escrita de maneira geral.
Algumas características específicas do disléxico podem ser:
- Demora na aquisição da leitura e da escrita;
- Dificuldade para associar o som ao símbolo (fonema ao grafema);
- Lentidão nas tarefas de leitura e escrita, mas não nas orais;
- Escrita incorreta, com trocas, omissões, junções e aglutinações de grafemas;
- Discrepância entre as realizações acadêmicas, as habilidades linguísticas e o potencial cognitivo;
- Dificuldade para organização sequencial (letras do alfabeto, meses do ano, tabuada…);
- Dificuldade para organizar-se no tempo e no espaço;
- Dificuldade para fazer anotações;
- Persistência no mesmo erro, embora receba apoio fora da escola e/ou conte com ajuda profissional;
- Dificuldade na linguagem e na fala: vocabulário pobre, disnomias, sentenças curtas e imaturas;
- Dificuldade e lentidão no ditado, na cópia e na escrita espontânea;
- Leitura titubeante e claudicante; geralmente nega-se a fazê-la;
- Desatenção e dispersão;
- Dificuldade na coordenação motora fina: disgrafia e desenhos;
- Dificuldade na coordenação motora grossa: “desengonçado” (aulas de EF, pátio…);
- Desorganização (material, atividades, tarefas…);
- Dificuldade para aprender língua estrangeira;
- Problemas de conduta na sala de aula (timidez, “exibicionismo”, agressividade…).
COMO FAZER A INCLUSÃO DO DISLÉXICO NA ESCOLA?
Resumindo o resumo: acolher e incluir um aluno disléxico na escola implica adaptar a escola a ele, criando uma cultura de dislexia e prevendo as necessárias ações relativas ao ensino e à avaliação na Proposta Pedagógica, no Regimento Escolar, no Plano Escolar e no Plano de Ensino do Professor; sensibilizando, informando, capacitando e acompanhando o trabalho do educador; utilizando todos os meios e todas as oportunidades possíveis para que o aluno possa aprender, e utilizando todos os meios e todas as oportunidades possíveis para que o aluno possa demonstrar o que aprendeu.